A Filarmónica Varzeense - Filvar, de Vila
Nova do Ceira, assinalou 112 anos de existência com um vasto e brilhante
programa, que preencheu todo o dia 27 de Julho.
Os festejos iniciaram com Missa Solene,
acompanhada ao som da Filarmónica, seguida de procissão, em honra de Santa
Cecília, padroeira da música.
Sob uma manhã de sol radiante, diretores,
convidados e amigos da colectividade acompanharam a Filarmónica aniversariante
numa romagem ao cemitério, onde foi depositado um arranjo de flores e
descerrada uma lápide, em memória dos executantes, dirigentes e amigos da
Filvar já falecidos.
Ainda no cemitério, o diretor da Filvar, João
Bruno, agradeceu à Junta de Freguesia, por ter acolhido a possibilidade de ser
colocada esta lápide no cemitério e pediu um minuto de silencio, em homenagem dos
falecidos que “lutaram” pela filarmónica ao longo destes 112 anos.
Mário Garcia, vice-presidente da Câmara
Municipal de Góis, também enalteceu a ideia, saudando este gesto que vem honrar
a memória daqueles que muito fizeram pela Banda e pela cultura de Vila Nova do
Ceira. Para o autarca, este gesto inovador evoca não só aqueles que repousam no
cemitério de Vila Nova do Ceira, mas todos os que lutaram pelo sucesso da
Filvar e terminou: “aqui há pessoas que fizeram um excelente trabalho por esta
filarmónica e pela comunidade”.
O habitual almoço convívio, que decorreu na
sede da FILVAR, reuniu dirigentes, executantes e amigos da centenária
Filarmónica, num total de presenças que superou todas as expectativas e que, à
semelhança do habitual, contou com uma deliciosa ementa, confecionada e servida
pelos voluntários que se predispuseram a ajudar.
No final do repasto, o Presidente da Filvar,
Sr. João Bruno, começou por agradecer a presença de todos e formulou votos de longa
vida para a Filvar. Enalteceu a disponibilidade do maestro Nuno Alves, que dignamente
tem acompanhado a FILVAR, desenvolvendo um excelente trabalho e agradeceu a
todos os que ajudaram a saldar a conta do concerto do telhado da Casa sede.
Nuno Alves, maestro da Filvar, também
enalteceu o trabalho que tem sido desenvolvido pela nova direção, aproveitando
para elogiar todos os elementos que tem trabalhado para o desenvolvimento desta
casa, bem como, os que se associaram para efetuarem o peditório e ainda aos que
contribuíram, ajudando a liquidar a despesa do arranjo do telhado. “A Filvar
dispõem de poucas pessoas mas são excelentes voluntários e com muita força de
vontade”, afirmou o maestro enfatizando: “a filarmónica possui 15 elementos mas
valem por 30”.
O regente Nuno Alves falou ainda da Escola de
Música, que tem acolhido os novos aprendizes, de forma gratuita e que irá
reabrir em setembro, após período de férias. Nuno Alves lançou o desafio aos
jovens para integrarem a Banda e aproveitarem esta oportunidade para aprenderem
música.
João Silva aproveitou ainda o momento para
entregar ao Presidente da Direção da filarmónicao novo Logótipo da Filvar.
De tarde, com o Adro da Igreja cheio, as
surpresas multiplicaram-se em catapulta, com uma apresentação musical dos
alunos da Escola de Música, com a Filarmónica Pátria Nova de Coja a surpreender
com o seu muito bem ensaiado repertório e com a Filarmónica aniversariante que,
mais uma vez, surpreendeu, numa tarde que, nitidamente, foi do agrado de todos.
O concerto foi antecedido por uma arruada,
feita por ambas as filarmónicas, que culminou no Adro, com uma peça
interpretada em conjunto, que, graças ao exuberante som, estremeceu o coração
dos presentes.
Além dos muitos autarcas, representantes de
instituições e amigos da Filvar, a honrar o concerto esteve ainda a presidente
da Câmara Municipal de Góis, Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira.
O programa contou também com um lanche
convívio, onde Jaime Rodrigues, presidente da direção cessante da Filarmónica,
foi surpreendido por Adriana Pedroso, Diana Garcia, Carolina Garcia e Miriam
Santos, que, em nome de todos os executantes, lhe entregaram uma singela mas
sentida lembrança.
A terminar com chave de ouro, a Filarmónica
aniversariante foi esperar a Procissão, que se insere nas Festas Religiosa em
Honra de Nª Sª da Candosa, acompanhando-a até à Igreja Matriz.
Em conversa com o nosso jornal, o grupo
organizador desta festa aproveitou para deixar um bem haja à Filvar por ter
acompanhado este final de procissão que transporta a imagem de Nª Sr.ª da
Candosa do Cerro para a Igreja Matriz.
FILVAR TEM NOVOS ELEMENTOS
Foi também neste dia 27 de julho que Ruben
Pedroso, de 12 anos e Mauro Marmé, de 11 anos de idade, integraram pela
primeira vez as fileiras da Filarmónica.
Ruben disse ao nosso jornal que em novembro
de 2013, teve conhecimento que a Filvar estava a necessitar de novos elementos,
então, foi experimentar, iniciou aulas em saxofone e desde então tomou-lhe o
gosto adivinhando-se um futuro promissor na área musical, dado que, incentivado
pelo maestro, fez provas e foi admitido no Colégio de Música S. Teotónio, em
Coimbra.
Mauro foi também outro exemplo de bom
desempenho. Entrou para a Escola de Música em abril de 2013, a convite de Jaime
Rodrigues e após ter passado nas provas, já foi admitido no Conservatório de
Música de Coimbra.
Orgulhoso, o maestro Nuno Baeta confessou: “é
a primeira vez na história desta filarmónica que jovens músicos integram
escolas de música de tão grande renome em Coimbra, mas, eles têm tudo para serem
excelentes profissionais” e admitiu “eu da idade deles não tocava nem metade”.
O Jornal O Varzeense felicita o Ruben e o
Mauro pelo seu sucesso musical e deixa um incentivo aos outros elementos que
frequentam a Escola de Música da Filvar para que lhe sigam o exemplo.
In Jornal O Varzeense N.º 632