terça-feira, 22 de abril de 2014

FILARMÓNICA VARZEENSE CANTOU AS JANEIRAS


   A exemplo do que tem acontecido em anos anteriores, no passado dia 5 de Janeiro de 2014, alguns Executantes, Diretores e o Maestro da Banda Filarmónica Varzeense, Nuno Baeta, reuniram-se com a finalidade de cantarem as “Janeiras”.
   E assim sendo percorreram parte da freguesia, mantendo a tradição e trazendo algum apoio financeiro para ajudar a fazer face às despesas da Filvar.
   Os Varzeenses colaboraram mais uma vez e demonstraram o carinho que tem pela sua Filarmónica Varzeense.
A Secretária da Direção
        Clara Nunes

IV CONCERTO ORQUESTRA AERG/FILVAR 2013

















A Associação de Juventude de Góis em parceria com a Associação Educativa e Recreativa de Góis, Filarmónica Varzeense, Câmara Municipal de Góis, Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra e Casa do Povo de Vila Nova do Ceira, realizou o IV Estágio de Orquestra Juvenil de Góis – AERG | FILVAR, que decorreu entre 26 e 29 de Dezembro de 2013.
Através desta iniciativa, a organização pretendeu ocupar de forma construtiva e dinâmica o tempo livre dos mais jovens, no sentido de dinamizar as férias letivas de natal, incentivando-os a perceberem o potencial que a música tem, dentro e fora das salas de aula.
O Estágio contou com quase duas dezenas de músicos, dirigidos pelo jovem Goiense Flávio Martins e, desta vez, para além dos (as) jovens executantes da AERG e da FILVAR também foram convidados (as) a integrar esta iniciativa os (as) jovens executantes das Filarmónicas de Arganil, Côja, São Pedro de Alva, Lousã, Miranda do Corvo e Poiares.
Os ensaios decorreram com bastante sucesso e o programa integrou também a realização de dois concertos. O primeiro realizou-se no passado sábado, dia 28 de Dezembro, em Góis e o segundo teve lugar no dia 29 de Dezembro, domingo, em Vila Nova do Ceira
Com as salas praticamente cheias, foram executadas algumas peças alusivas à época natalícia, assim como, bandas sonoras de alguns filmes conhecidos, como por exemplo a banda sonora do James Bond 007, para satisfação de todos os presentes.
Flávio Martins explicou que a sua formação musical é na área do Jazz, mas que resolveu aceitar o desafio de dirigir esta orquestra, apesar de não ser fácil perante os seus pais e as pessoas da sua terra. Afirmou ainda que apesar de menos aderência por parte dos jovens, resolveram arrancar com o estágio, como estava previsto, apresentando-se ao público mais como um Ensemble do que como uma orquestra. 
Flávio Martins referiu ainda que o maestro Nuno Alves se encontrava por detrás desta iniciativa, estando ausente pelo motivo da gravação de um CD com uma banda, onde costuma colaborar. Afirmou, por último, que este estágio tem a particularidade de ser um evento onde os mais velhos ajudam os mais novos, terminou por agradecer ao Fábio Brito como director de Markting, ao João Paulo que com os seus oito anos de conservatório é o que ajuda em tudo o resto, assim como, a ajuda prestada pela Sofia Gama, pelo Fábio Vidal e pelo David Mourão.
Coube ao Fábio Brito agradecer os apoios oficiais, afirmando que este trabalho não era possível sem o apoio da ADIBER através do programa CLDS, da Câmara Municipal, da Casa do Povo de Vila Nova do Ceira, dos Bombeiros Voluntários de Góis, assim como, a colaboração das bandas filarmónicas da AERG e da FILVAR, Rádio de Arganil e Jornal O Varzeense.

 CONCERTO EM GÓIS

No concerto realizado em Góis, Rui Sampaio Presidente da Associação Educativa e Recreativa de Góis, referiu que, apesar de ser um grupo mais pequeno, não diminuiu a qualidade e que este trabalho foi feito em “apenas dois dias”. Disponibilizou os instrumentos da filarmónica, assim como as instalações, deu os parabéns a todos, encorajando os jovens a continuar, porque estão no bom caminho.
Miguel Ventura, presidente da ADIBER, referiu que desde que foi lançado o desafio, pela Associação de Juventude de Góis, para a realização deste estágio, a ADIBER tem apoiado esta iniciativa através do programa CLDS, dando ainda como exemplo o intercâmbio entre instituições, da presença dos jovens Francisco Mateus e Filipe Carvalho, músicos de Arganil e ainda do Jovem João Martinho de S. Pedro de Alva.
Maria de Lurdes Castanheira, Presidente da Câmara Municipal de Góis, cumprimentou todos os músicos e familiares presentes, recordou o saudoso Maestro Nelo Paiva e agradeceu ainda aos maestros Paulo Nereu Monteiro e Nuno Baeta. Cumprimentou o Sr. Álvaro Marques, antigo executante da filarmónica Goiense e na pessoa dele, todos os executantes das filarmónicas concelhias. A presidente da Câmara de Góis afirmou que este foi um dia importante para Góis, contando com a inauguração do lar da Cabreira, com vinte sete posto de trabalho, referiu a homenagem efetuada ao município pela Lousã Mel, pela parceria efectuada na promoção do mel da serra da Lousã, encerrando o dia com chave de ouro, com este concerto.
Maria de Lurdes Castanheira ficou rendida a performance do maestro Flávio e terminou agradecendo a todos os jovens presentes.
Respondendo ao repto de um músico, para uma pequena contribuição para o lanche, Graciano Rodrigues, Presidente da Junta de Freguesia de Góis, afirmou que embora a Junta de Freguesia não tenha recebido qualquer pedido de apoio oficial para o evento, mas, como se encontrava com todo o seu executivo presente na sala, decidira a junta de Freguesia de Góis, presentear todos os músicos daquela orquestra com o jantar.

CONCERTO EM VILA NOVA DO CEIRA

Em Vila Nova do Ceira, José Sanches, em nome da Associação Educativa e Recreativa de Góis afirmou estar-se perante jovens de grande valor, que merecem ser apoiados, pelo que, a AERG tudo fará no sentido de os apoiar.
António Mourão, que entreviu como membro da Associação de Juventude de Góis, louvou a iniciativa, enaltecendo o elevado desempenho dos músicos. Lembrou ainda que alguns se encontram integrados no conservatório, bem como, em distintas bandas de prestígio. Congratulou-se pela parceria entre as duas filarmónicas existentes no concelho e desejou os melhores êxitos aos jovens, que apesar de se encontrarem no interior, fazem ver aos jovens das grandes cidades.
Clara Nunes, em nome da Filarmónica Varzeense agradeceu a presença de todos e congratulou-se pelo excelente espetáculo realizado.
Foi ainda sugerido por um elemento do público que, no futuro, existisse também um estágio de instrumentos de corda e por último a D. Maria da Graça convidou os músicos para um pequeno beberete, oferecido pela Filarmónica Varzeense.
O Jornal O VARZEENSE também se associou aos concertos e aproveita para dar os parabéns aos executantes pelo profissionalismo demonstrado e deseja uma longa e promissora história de vida tanto para a Filarmónica de Góis como para a Filarmónica de Vila Nova do Ceira.

In “O Varzeense” de 30.12.2013

HOMENAGEM AO SR.NELO PAIVA















A Filarmónica Varzeense - FILVAR, em parceria com as diversas instituições de Vila Nova do Ceira, promoveu, no dia 1 de Dezembro, uma homenagem a título póstumo, a Nelo Paiva, maestro que regeu a Filarmónica Varzeense durante quase 24 anos. A ideia surgiu de um grupo de Varzeenses, que de imediato foi acolhida pelos músicos da Filvar, bem como, pelas instituições locais e inúmeras pessoas que se associaram para organizar um dia repleto de sentimentos, como forma de reconhecimento a um homem que, apesar de residir em Miranda do Corvo, “vestiu a camisola” da Filarmónica Varzeense e que tudo fez para a elevar, levando longe o nome de Vila Nova do Ceira e, por conseguinte, do concelho de Góis.
Missa solenizada, almoço convívio e tarde cultural fizeram parte do programa, que contou com um incalculável número de pessoas que quiseram manifestar o seu reconhecimento a Manuel Silvestre Santos de Paiva, falecido, subitamente, a 14 de Setembro último.
A esposa do homenageado, Balbina de Jesus Oliveira Paiva, seus filhos Bruno e João Paiva, seu irmão, cunhada, nora, entre outros familiares e muitos amigos que conviveram com Nelo Paiva associaram-se a este ilustre momento. Também os autarcas do concelho de Góis e instituições locais fizeram questão de marcar presença, deixando uma mensagem de gratidão ao homem que disseram nunca conseguir esquecer e com quem muito aprenderam.
O programa iniciou com missa, presidida pelo P.e Carlos da Cruz Cardoso, solenizada pelos músicos da Filvar e com representações dos grupos culturais e associações da freguesia de Vila Nova do Ceira.
O almoço, muito bem confecionado e servido por elementos das diversas agremiações locais, contou com perto de duas centenas de pessoas, que não quiseram ficar sem se associar para dizer bem alto “obrigado Nelo Paiva”.
No final da refeição, a iniciar os discursos, Almerinda Gonçalves, de forma muito emocionada e sentida leu uma mensagem e duas quadras escritas por Maria da Graça, que trouxeram lágrimas ao rosto dos presentes e que a seguir se transcrevem:
“Tudo o que se possa dizer sobre o Sr. Nelo Paiva é pouco para definir o homem que era. Poucos conseguem ser acarinhados no seu trabalho como ele o foi – maestro da Filvar durante muitos anos. Em cada músico tinha um amigo, por todos era respeitado, como também respeitava cada um.
Na sua curta passagem pelo mundo serviu de exemplo a quem com ele conviveu. Todos nos emocionámos com a sua partida e esperamos um dia o nosso encontro com ele junto de Deus. O Sr. Nelo continuará a amparar a “sua” Banda e manter viva esta instituição que tanto se esforçou para levar longe e com isso tornar conhecida a nossa terra que não sendo sua a ela se dedicou de corpo e alma.
E... como só se morre quando não há ninguém que nos recorde, é então certo que o Sr. Nelo não morrerá, porque ele está no coração do povo de Vila Nova do Ceira.
Manuel seu nome próprio/Paiva era o apelido/Pela Filvar contratado/Por Nelo Paiva conhecido.
A banda era o seu mundo/A música uma paixão/O rosto se transformava/Com a batuta na mão.”
Também Clara Nunes, em nome do Grupo de Violas e da Filvar deixou palavras de reconhecimento e entregou aos familiares uma lembrança e dois ramos de flores como reconhecimento dos anos que Nelo Paiva se dedicou a Vila Nova do Ceira.
Os discursos prosseguiram com a intervenção do Sr. António Carvalho, na dupla função de Presidente da Assembleia Geral da Filvar e presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira, que iniciou com um expresso agradecimento a todos os que tiveram a iniciativa de organizar e participar nesta “muito honrosa homenagem a título póstumo”.
Emocionado, António Carvalho, reconheceu no homenageado “um homem inteligente, colaborador, leal, sério, honesto, um bom conselheiro e um homem atento. Um grande amigo, sempre com uma piada fina e com grande vontade de viver.”
Desta forma, o Presidente da Assembleia Geral da Filvar deixou um testemunho de gratidão pelo trabalho desenvolvido por Nelo Paiva, em prol da filarmónica, em prol de Vila Nova do Ceira e em prol do concelho de Góis e terminou entregando aos familiares uma lembrança com a seguinte inscrição: “Nelo Paiva, tantas foram as notas que partilhamos e os sons que vivemos que jamais o esqueceremos”.
De acordo com a deliberação tomada em reunião de junta, Carla Maria Baeta, do executivo da freguesia de Vila Nova do Ceira também entregou uma lembrança aos familiares do homenageado, com a finalidade de reconhecimento pelo legado deixado por Nelo Paiva. Ao longo do seu discurso, a autarca da junta admitiu que Nelo nunca será esquecido “como um homem integro, honesto, dedicado e sempre amigo da freguesia de Vila Nova do Ceira... e que sempre será lembrado pelas suas qualidades e pelo trabalho desenvolvido enquanto maestro e enquanto amigo da freguesia.
O novo maestro da Filvar, Nuno Alves, enalteceu a parceria entre as filarmónicas do concelho, acarinhada pelo maestro homenageado, garantindo que Nelo Paiva deixou a sua missão cumprida, visto ter deixado dois filhos com excelentes dotes musicais. Para o novo maestro da Filvar a melhor homenagem que se pode dar a Nelo Paiva é fazer evoluir a banda, pelo que, pediu coragem e trabalho a todos os músicos.
Rui Sampaio, presidente da Associação Educativa e Recreativa de Góis também recordou os concerto feitos pelas bandas de Góis e Vila Nova do Ceira, reconhecendo que Nelo Paiva era uma pessoa acarinhada por todos, refletindo-se na grande moldura humana presente na homenagem.
O filho mais velho de Nelo Paiva agradeceu a homenagem e falou de seu pai como sendo uma pessoa exigente e reconhecendo-lhe uma grande paixão por Vila Nova do Ceira. “Gostava tanto desta terra, que em tempos chegou a pensar comprar aqui uma casa”- confessou Bruno Paiva. À semelhança do que era hábito de seu pai, também apelou à entrada dos jovens para as instituições, particularmente para a Filvar, lembrando que a filarmónica é uma escola de vida. Ao novo maestro da Filvar desejou os maiores sucessos reconhecendo-lhe capacidades para continuar a fazer crescer a Filarmónica.
A presidente da Câmara Municipal de Góis, Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira deixou uma saudação especial a quem se lembrou de organizar esta homenagem, agradecendo a oportunidade da Câmara se poder também associar. Para a autarca Nelo Paiva ficará para sempre na história da filarmónica varzeense, na história de Vila Nova do Ceira e na história do concelho de Góis, pelo inestimável contributo que deu para engrandecer a música e a cultura.
A presidente da Câmara terminou com chave de ouro dando a notícia que: “o município, recentemente e em boa hora, decidiu distinguir Nelo Paiva com um dos maiores galardões do concelho de Góis – medalha honorífica de mérito, a título póstumo, a entregar durante o ano 2014”.
A cerimónia continuou na Capa do Povo, com um exuberante concerto realizado pela Filvar, que contou ainda com um grupo onde Nelo Paiva também tocava, vindo de Miranda.
A equipa organizadora, em conversa com o Varzeense aproveita para agradecer a todos os grupos culturais, associações, e pessoas a titulo pessoal, que “deram as mãos” tornaram esta homenagem possível, apoiando das mais diversas formas, quer com o seu trabalho, donativos ou até palavras de incentivo e que passo a citar:
Câmara Municipal de Góis, Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira, Cooperativa Social e Agro Florestal de Vila Nova do Ceira, Filarmónica Varzeense, Casa do Povo de Vila Nova do Ceira, Rancho Folclórico “As Sachadeiras da Várzea”, Rancho Folclórico “Os Mensageiros da Alegria”, Amigos de Santa Bárbara, Associação dos Amigos da Várzea Pequena, Associação Palavra Renovada, Jornal O Varzeense, Grupo de Violas e Cantares de Vila Nova do Ceira, Grupo de Cantares da Várzea, Grupo de Voluntariado de Vila Nova do Ceira, Discosom, Nuno “carteiro”, Nuno “Baeta”, Ilda “do Cabril”, Catarina Ferreira, Almerinda Gonçalves, Clara Nunes, Amorim Garcia, Gonçalo da Casa do Povo, Rosa Pedroso, Isabel Simões, Maria da Graça Simões, Tixa Garcia, Márcia Garcia, Prof.ª Clara Garcia, Cristina “da Monteira”, Luísa Garcia, José Martins “do Barreiro”, João “do talho”, Jaime Rodrigues, P.e Carlos da Cruz Cardoso que presidiu à missa solenizada, Cajó que organizou a vinda das pessoas de Miranda e grupo coral e todas as pessoas que se associaram ao grupo coral e à Filvar durante a celebração da missa.
A equipa organizadora pede desculpa a alguém que possa ter colaborado e que o seu nome não conste nesta lista... mas, a forma afetuosa e de grande valor do homenageado levaram a que todos tentassem dar o possível para que este reconhecimento estivesse à altura do grande homem que foi Nelo Paiva, sendo difícil recordar todos os que se associaram para que esta homenagem fosse uma realidade. 
In “O Varzeense” de 15.12.2013


Vila Nova do Ceira perdeu, no passado dia 14 de Setembro, um dos seus maiores entusiastas da cultura musical, o Sr. Manuel Silvestre Santos de Paiva, mais conhecido por Nelo Paiva – Maestro da Filarmónica Varzeense (Filvar).
 
Contava apenas 55 anos e era casado com Balbina Paiva e pai de: Bruno Paiva e João André Paiva, que muitas vezes o acompanhavam até Vila Nova do Ceira, nomeadamente, para participarem nos eventos da Filvar.
 
O seu inesperado falecimento causou grande constrangimento entre os muitos amigos com quem privava, deixando uma enorme mágoa entre todos os elementos que compõem a filarmónica, onde foi maestro durante 23 anos.
 
O corpo do saudoso extinto esteve depositado em câmara ardente na Capela Mortuária de Nossa Senhora da Boa Morte, em Miranda do Corvo, onde, no dia 17 de Setembro foi celebrada missa de corpo presente, seguindo para o cemitério Oriental da Figueira da Foz.
 
Neste infausto momento, foram muitos os que se associaram às cerimónias fúnebres e que manifestaram o seu carinho, amizade e solidariedade com os seus familiares. A Filarmónica Varzeense também integrou as cerimónias fúnebres.
 
Nesta hora de luto e dor, o Jornal O VARZEENSE também manifesta à sua esposa, filhos e a toda a restante família as mais sentidas condolências.  

No passado dia 14 de Setembro de 2013 fomos surpreendidos pelo falecimento repentino, do maestro da Filarmónica Varzeense, Sr. Manuel Silvestre dos Santos Paiva, mais conhecido por Nelo Paiva. Perdemos todos, um grande amigo, que, faleceu após uma atuação com o seu Grupo de Fados, nas festas do Dia da Juventude, em Miranda do Corvo.
O Sr. Nelo Paiva entrou como músico de clarinete, na Filarmónica Varzeense, durante os anos de 1988 e 1989, depois, e dado que o Sr. Mário Barata Garcia deixou de ser maestro da Filvar, no ano de 1990, foi então o Sr. Nelo Paiva que assumiu o cargo de maestro 1990/2013.
Durante estes 23 anos, que permaneceu como maestro na Filvar, deixou grandes e boas recordações a todos os músicos e diretores. Muitos momentos felizes se viverem, com este nossos AMIGO.
Sempre incentivou e apelou a entrarem novos alunos para a Escola de Música. Preocupando-se em manter a Filarmónica, trazia, de Miranda do Corvo, o maior número possível de amigos, para participarem nos eventos que a Filvar organizava, nomeadamente: em caminhadas, jantares para angariação de fundos, entre outros.
Era ele que administrava o Blogue da Filvar, mantendo-o sempre atualizado com todos os acontecimentos e fotos.
Fazia o arranjo das marchas populares e ensaiava as próprias marchas, para além de participar também nas marchas dos concelhos limítrofes. Trazia o seu Grupo de baile e o Grupo de fados para abrilhantarem os bailes e serões musicais que aconteciam na sede da Filvar, sem receber dinheiro nenhum pela atuação.
Tratava todos os músicos com carinho e de igual maneira. Este homem foi um exemplo para todos aqueles que o admiravam e vão continuar a admirar, mesmo já não estando entre nós. Também chamava à atenção quando havia falta de responsabilidade, como é óbvio, mas, todos os músicos têm boas recordações do Sr. Nelo...
Em relação a mim: entrei na Filvar no ano de 1995 (para a direção) e já encontrei o Sr. Nelo, que desde sempre foi uma pessoa muito atenciosa. Sempre que o procurava para tirar alguma dúvida, ele estava ali para me ajudar. Muito me ensinou também, e não sendo da minha família, era considerado como tal.
Recordo com muitas saudades, aquele amigo, não de sempre, mas para sempre.
Como é do conhecimento geral, a Filarmónica Varzeense tem estado a atravessar momentos menos bons, e mesmo assim, o Sr. Nelo tentou sempre ultrapassar os piores momentos, procurando outros músicos que vinham de Miranda, e que continuam a fazer parte da nossa Filarmónica, nomeadamente: o Cajó, o Sr. Nelson, o Sr. Cosme e outros, que esperamos que se mantenham na Filvar, porque sabem que fazem falta.
Sabemos que a Filarmónica sem o Sr. Nelo não é certamente a mesma Filarmónica, mas deixo aqui o apelo a todos que dela fazem parte, para que não a abandonem, nem deixem que ela termine.
Temos, todos, que ser fortes e trabalharmos para que a Filarmónica Varzeense não acabe, mas, precisamos de continuar com a colaboração de todos.
Depois de Miranda do Corvo, a terra do Dr. Nelo era Vila Nova do Ceira, a segunda localidade que ele cuidava como se fosse natural desta freguesia. Os Varzeenses faziam parte da família dele. A Filarmónica era a jóia querida da sua vida e ninguém era indiferente a tudo o que o Sr. Nelo ensinava e recomendava.
Tanto os jovens músicos como os menos jovens não têm, certamente, nada a apontar contra aquele amigo, que tinha uma paciência extrema para aguentar e ultrapassar todos os obstáculos.
Não querendo menosprezar o trabalho e empenho de todos os diretors, que passaram e estão ainda na Filvar, para todos eles deixo uma palavra de apoio e coragem para colaborarem e continuarem, mesmo sem a presença do sempre saudoso amigo e companheiro Sr. Nelo Paiva.
Não quero deixar passar este momento sem falar e encorajar a família do Sr. Nelo, a esposa D. Bina e os filhos Bruno e João, que também eles acompanharam o Sr. Nelo, em muitas das atividades, tendo os dois filhos seguido a área musical e também tendo feito parte da nossa Banda Filarmónica.
Normalmente as pessoas têm tendência a dizer sempre bem das pessoas quando elas partem para longe de nós, mas quando existem na vida, pessoas que fizeram sempre bem numa freguesia que nem era a sua e que ajudaram ao desenvolvimento duma filarmónica que tem mais de 100 anos, é natural ser fácil falar deste amigo, que era uma pessoa simpática, bem-educada, afável e sobretudo muito humana.  
Obrigado por tudo, amigo e até sempre Sr. Nelo Paiva.

Vila Nova do Ceira, 23 de Setembro de 2013

Pela Direção da Filarmónica Varzeense
          Maria Clara Correia Nunes