sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Festa do Barreiro

Mais uma vez a filarmónica Varzeense se deslocou a Chão dos Santos, Vila Nova do Ceira, no passado dias 26 de Agosto para ajudar a abrilhantar a festa em honra de Santa Bárbara.
De manhã a Filvar deslocou-se ao Juncal para prestar uma pequena mas sentida homenagem ao nosso camarada José "Papa" infelizmente falecido a 25.03.2012 com apenas 52 anos. Como sempre a população do Juncal presenteou-nos com um magnífico pequeno almoço. Bem hajam pelo vosso amor pela FILVAR, generosidade e simpatia. De tarde, teve lugar a missa campal, celebrada pelo P.e António Calixto seguindo-se a procissão, acompanhada pela FILVAR.
No final a Filarmónica Varzeense fez um pequeno concerto e seguidamente despediu-se com votos de voltar para o ano.
Um muito obrigado às gentes de Chão dos Santos e, em especial, à comissão de festas
Um bem haja

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Aniversário da FILVAR


A Filarmónica Varzeense comemorou 110 anos e, como é tradição, assinalou mais um ano com a festa do seu aniversário que se realizou nos dias 18 e 19 de Agosto.
Os festejos iniciaram-se no dia 18 (sábado á noite) com a atuação do Grupo Musical “Cheirinhos do Sul” que animou as pessoas residentes e outras que estavam de férias em Vila Nova do Ceira.
No Domingo, a festa continuou com a missa acompanhada pela filarmónica e seguida de procissão seguindo-se o habitual almoço convívio entre os dirigentes, executantes e amigos da FILVAR.
No final do delicioso almoço, o maestro Dr. Nelo Paiva agradeceu a presença de todos, apelando a pais, avós e Varzeenses em geral que motivem os mais jovens e até mesmo pessoas de mais idade, pois a filarmónica está aberta a todos, a entrarem para a Filvar  referindo seguidamente que, apesar de todas as vicissitudes, nomeadamente da crise e das restrições da troika que levam a que os contratos sejam menos, pois as comissões não tem dinheiro para pagar à Filarmónica, apesar dos orçamentos serem cada vez mais baratos e de receberem cada vez menos pelos serviços que fazem e apesar de alguns problemas diretivos, apesar da falta de músicos e da continuada falta de assiduidade aos ensaios, apesar da pouca afluência por parte de novos alunos, a FILVAR continua viva e faz este ano a bonita idade de 110 anos embora tenha havido alguns interregnos. A comprovar isto é a sala repleta de pessoas que demonstram assim o seu amor à FILVAR. (estavam cerca de 140 pessoas na sala).
O maestro Dr. Nelo Paiva afirmou ainda que a FILVAR é uma das referências culturais do Concelho de Góis e com certeza nem os Varzeenses nem as forças vivas, nomeadamente a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia vão deixar que ela acabe.

Nelo Paiva agradeceu ainda com uma palavra especial para todos os que confecionaram e serviram a refeição. No final das suas palavras, o maestro entregou ao presidente da Direção Sr. Jaime Rodrigues, a ultima partitura que compôs, intitulada por “ A marchar com o Santo António” . Na partitura fez a seguinte dedicatória “ Dedico este arranjo que intitulei de “A marchar com o Santo António” à Filarmónica Varzeense com votos de uma longa vida repleta de emoções, alegrias, conquistas e grandes sucessos musicais”.

A Presidente da Câmara Municipal de Góis, Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira referiu que já antes da Troika, as coisas funcionavam assim e concordou plenamente com as palavras do maestro Dr. Nelo Paiva agradecendo à Filarmónica o convite formulado para estar presente na comemoração do aniversário da FILVAR. De seguida cumprimentou todos os Varzeenses, Diretores e músicos e, após cumprimentar todos os presentes, reconheceu que não é fácil o trabalho realizado neste tipo de associações e referiu que pela Filarmónica já passaram muitas pessoas importantes que trabalharam para a existência desta Associação e salientou o Sr. Amorim Garcia que estava ali presente que felizmente foi homenageado na Gala do Voluntariado, em Góis, no passado mês de Janeiro. A Presidente da Câmara felicitou o excelente Concerto que a Banda realizou na FACIG no passado dia 10 de Agosto e valorizou o sacrifício que muitas vezes as pessoas nem reconhecem, referindo-se à última saída da Filarmónica para as festas da Cabreira, que se prolongou até à hora do almoço, serviço esse que se tinha realizado no dia anterior. A Presidente da Câmara mostrou-se disponível para continuar a apoiar a Filarmónica e garantiu continuar a haver sempre o apoio por parte da Câmara Municipal. Para finalizar a Presidente saudou mais uma vez a Filvar pelos seus 110 anos de existência.
Entretanto a D. Conceição Pereira, que reside em Lisboa mas costuma vir passar férias ao Nogueiro e colabora no almoço da Filvar, todos os anos, quis dedicar algumas palavras à Sra. Presidente da Câmara, dizendo o seguinte:

Mais um ano se passou
Mais um ano de verdade
Aqui fica a minha saudade.
À Sra. Presidente
Está sempre alegre e sorridente
Está sempre pronta p’ra ajudar
A todos aqueles que a vão procurar.
Este é o meu sentir
O meu cunho que é real
Que aqui fica
Sra. Presidente eu testemunho
Este grande apreço da sua equipa
Tenho dito as minhas palavras
E aqui lhe deixo o meu abraço

A tarde foi preenchida com um excelente concerto da Banda Filarmónica que animou a tarde quente de Domingo e aproximou muita gente à sua volta. Algumas peças musicais até foram acompanhadas com palmas. No final a Filarmónica foi muito aplaudida tendo sido pedido, pelo público, mais um tema.
Em seguida o Sr. Eng. Eduardo Gonçalves de Coja e colaborador do Jornal “Varzeense” quis oferecer um quadro com um poema que ele próprio escreveu e recitou à Filarmónica em que dedicou estas palavras que transcrevemos:

SALVÉ FILARMÓNICA VARZEENSE,
DE VILA NOVA DO CEIRA


Saiu radiosa
Do Largo da Igreja
Desfila garbosa
Que sempre assim seja

Várzea engalanada
Vestida a rigor
Missa celebrada
P’lo Senhor Prior

Arpejos tonais
Em sopros, palhetas
Percussões, metais
Garbosas fardetas

São cento e dez anos
De vida batidos
Plenos, soberanos
Sucessos vividos


Nas ruas tocando
Que é dia de festa
Contente, vibrando
O povo se apresta

“Varzeense” passa
Compasso na tónica
Evolui, que graça
Nossa Filarmónica

Arranjos brilhantes
Em tom popular
Marchas triunfantes
E a banda a passar

E quanto ao futuro
Não há a temer
“Varzeense”, auguro
É sempre a crescer


Para encerrar a Festa da Filvar esteve presente o Grupo de Cantares da Várzea que proporcionou um fim de tarde muito agradável com músicas populares tradicionais, tendo contado com a colaboração do Sr. Eng. Eduardo Gonçalves que os acompanhou ao som do seu acordeão.
Mais um ano em que a Filarmónica presenteou todos os varzeenses.

Vila Nova do Ceira, 20 de Agosto 2012

A Direção

Festa na Cabreira dia 18.08.2012

No dia 18.08.2012 a Filarmónica Varzeense rumou até à bonita aldeia da Cabreira.
Fomos muito bem recebidos por toda a população e otimamente bem tratados pela comissão em particular pelo Sr. José Nunes.
O nosso muito obrigado.

Festa na Candosa 15.08.2012

Mais uma vez, graças a um punhado de homens e mulheres de boa vontade, a festa da N. Sra. Da Candosa se voltou a realizar no bonito Cerro da Candosa com a participação da FILARMÓNICA VARZEENSE.
Deixamos aqui uma das lendas locais:
Uma das muitas e várias lendas, sobre o Cerro da Candosa, diz-nos que nos tempos em que os “Moiros” “andaram” por estas terras, teria vivido nelas, um “Moiro” que se converteu ao Cristianismo e se fixou na “Várzea”, vivendo, assim, num local bem aprazível.Este “Moiro” vivia da caça, da pesca, apanhava castanhas(1) (existiam muitos castanheiros naquela área), trabalhava a terra e “procurava ouro, nos rios Ceira e Sótão”.Porém, a sua vida de abundância e de tranquilidade “atraiu a inveja” de outros “Moiros”, que cobiçavam o solo onde ele vivia, tentando apoderar-se das suas terras. No entanto, nunca conseguiram concretizar a sua ambição, pensando que o “Moiro-cristão” tinha alguma protecção ‘divina’.Vendo que era impossível expulsá-lo daquelas terras férteis, resolveram pôr em prática o seguinte plano, isto é, inundar o vale (“dando assim origem à lagoa de Sacões”?)(2)Para tal mobilizaram todos os “Moiros” que viviam no vale (numa área de vinte léguas), com o fim de susterem todas as águas dos dois rios que se juntavam no “Cabril”. Trabalhavam desde o nascer ate ao pôr-do-sol, sem nunca pararem, tentavam fazer um dique.Utilizavam bois para puxar as enormes pedras (calhaus) que iam sobrepondo umas sobre as outras. Durante uma tarde, quando pararam o seu trabalho, os “Moiros” encontravam-se contentes com o trabalho que tinham realizado. Finalmente, uma grande parte da “barragem” já estava construida, o que queria dizer que estavam no “bom caminho”, e assim, desta vez, iriam atingir os seus objectivos, isto é, barrar, finalmente, a passsagem da água para jusante do Cerro da Candosa. A religião muçulmana não lhes permite trabalhar à sexta-feira. Desde modo, regressaram, todos, a casa, para descansar. No dia seguinte voltaram ao trabalho, porém, ao chegarem junto da “barragem” viram que esta tinha desaparecido. Ofendidos e escandalizados, os “Moiros” meteram mãos à obra, com o fim de reconstruirem a dita barragem. Trabalharam muito duramente e com grande preocupação, durante muitos dias. A obra estava tão perfeita, que parecia ser impossível destrui-la. Porém, mais uma vez, numa noite, quando todos estavam a dormir, o encarregado dos “Moiros” teve um sonho. Neste, via a barragem, novamente, destruida. Acordou e correu, apressadamente, para fora de casa, para ver o que realmente se passava. Então, verificou, mais uma vez, que a “barragem” tinha desaparecido.Acusou os guardas, que estavam de vigia ao acampamento, exigindo saber o que tinha acontecido. Aqueles porém, nada podiam dizer, porque nada, tinham visto.Mais uma vez os “Moiros” não se deixaram desencorajar e, pela terceira vez, meteram mãos à obra. Recrutando mais ajudas, assim, mais uma vez, a “barragem” foi construida, com maior altitude até que quase atingiu a sua conclusão. Porém, nessa noite, o encarregado “Moiro” teve outro sonho..No seu novo sonho viu uma Senhora sentada num burro, no cimo do “dique”. Quando o pequeno burro começou a caminhar, as pedras caíram e o dique desfez-se.O encarregado “Moiro” acordou do seu sonho, em pânico, e correu para o exterior. À sua frente ali estava ela, tal como no seu sonho. Sentada em cima de um burro, estendeu as suas mãos e as pedras começaram a cair e desapareceram pelo vale. Ele tentou correr em direcção a ela, mas, como paralisado, não foi capaz de mexer nem as suas pernas nem os seus braços. Quando, finalmente, estava livre daquela paralisação correu para o local onde a Senhora passou e viu as pegadas do casco do burro, gravadas na pedra, que ainda hoje lá estão.Mas os Mouros não desistiram. Repetidas vezes recomeçaram a construir o seu dique, e repetidas vezes a Nossa Senhora aparecia no seu burro e destruía-o.Finalmente, os Mouros começaram a compreender que seria o poder divino que protegia o Mouro-cristão e que a Nossa Senhora foi enviada como mensageira divina, para impedi-lhos de levarem a cabo o seu plano. Finalmente, o encarregado Mouro procurou o Cristão e disse-lhe: “Tentei tudo que podia para destruir-te. Mas Deus protegeu-te e enviou a Nossa Senhora para destruir o “dique” que tentei construir, para afogar-te. Deixa-nos fazer as pazes, e ensina-me como amar o teu Deus.”