quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Comemoração do 116º Aniversário da Filvar


 Filarmónica Varzeense

Assinalou Meio Século de Ressurgimento e 116 Anos de Existência

 A comemoração do meio século de ressurgimento e 116 anos da Filarmónica Varzeense-Filvar ficou marcada pela entrada de cinco novos executantes (Luís António, Mafalda Ribeiro, Inês Rosa, Eduarda França e Umbelina Costa) e pelo reconhecimento a três músicos que completaram também meio século ao serviço desta filarmónica (António Alves, José Martins e António Martins). Os festejos, que decorreram nos dias 7 e 8 de julho, iniciaram no sábado à noite com um concerto a cargo da Orquestra Didática “Passo por Compasso” que reúne elementos da Escola de Música da filarmónica aniversariante, bem como das Escolas de Música Pauta em Movimento, J.F. Carapinha, Tuna Mouronhense, J.F. São Martinho da Cortiça e da Associação Educativa e Recreativa de Góis. O concerto foi ainda enriquecido por cinco brilhantes vozes, tornando o momento especial e deveras aplaudido.
No dia seguinte, de manhã, teve lugar a Missa Solene, acom­panhada pela Filarmónica aniversariante, seguida de procissão, romagem ao cemitério, em memória dos dirigentes, maestros, executantes, sócios e amigos da Filvar já falecidos e o habitual almoço convívio, que decorreu no Pavilhão da Casa do Povo local. A Festa continuou no Adro, com um concerto a cargo da Filarmónica Varzeense e da Banda Filarmónica da Associação Educativa e Recreativa de Góis. Este foi outro dos pontos altos da comemoração, dado o profissionalismo apresentado em palco.
O almoço convívio, que contou com uma deliciosa ementa, reuniu Diretores, executantes, familiares e amigos, bem como autarcas e representantes de instituições locais, compondo assim uma moldura humana que superou todas as expectativas.
No final do repasto, todos foram convidados para se associa­rem ao momento das intervenções, que iniciaram com palavras do presidente da Filvar. Assim, após saudar todos os presentes, João Bruno, cumprimentou as entidades e agradeceu a todos os que têm ajudado a filarmónica.
Ao comemorar o 116.º aniversário da Filarmónica Varzeense e os 50 anos do seu ressurgimento, o presidente da coletividade recordou um pouco da história desta coletividade, que dado o seu interesse histórico, se transcreve na integra:
“A Filarmónica Varzeense foi fundada a 5 de Abril de 1902 e, devido à emigração e ao envelhecimento de uma parte dos músicos, terminou as suas atividades em 1932. A 12 de Fevereiro de 1968 recomeçaram as aulas com cerca de 50 aprendizes de música, duas vezes por semana, no antigo centro paroquial de VNCeira (na Casa da Costeira), com o maestro Manuel Maria Ferreira Pleno. Este renascer da Filvar deve-se ao Rev. Pe. Fernando Rodrigues Ribeiro, Sr. Albino Neves Ferreira e Sr. José Rodrigues (Zé Pajêja). No dia 1 de Janeiro de 1969 realizaram a primeira apresentação pública, contando já com 30 executantes. A Escola de Música era dinamizada pelo Sr. Francisco Carneiro, conhecido por Chico Barbeiro e pelo Sr. António Cruz que tam­bém eram executantes da Filarmónica Varzeense. É importante referir que em 1990 com o apoio das Autarquias e da população, foram iniciadas as obras para a construção da Sede da Filvar. Salientamos o grande esforço e coragem do Sr. Amorim Garcia que esteve na Direção durante 30 anos. Após a sua saída, foi presidida, durante 2 anos, pelo Sr. Jaime Rodrigues e atualmente (e no seu terceiro mandato) continua uma direção empenhada em continuar a trabalhar para a melhoria e sucesso da Filarmónica Varzeense”.
Ainda durante o seu discurso, o presidente da direção da Filvar homenageou os músicos que se mantém na filarmónica desde o seu ressurgimento e congratulou-se por “este ano e até este momento entraram 3 novos alunos no Conservatório de Música de Coimbra e neste aniversário contarem com a entrada de 5 novos músicos.
O dirigente confessou que a Filvar tem “tido um ano de muito trabalho, com muitas atividades”, todavia reconheceu que “sem o grande apoio sobretudo da Câmara Municipal de Góis, da Junta de Freguesia de Vila Nova Do Ceira, da Cooperativa Social e Agro Florestal de Vila Nova do Ceira e de toda a população nada disto era possível”. Neste momento João Bruno aproveitou para recordar que tem havido atividades quase todos os meses, nomeadamente: “o Peditório das Janeiras, o Concerto de Páscoa e Audições da Escola de Música, Procissão da Páscoa, Concerto FILVAR IN CONCERT a 17 de Março que se realizou na Casa da Cultura em Góis, no dia 25 de Abril, a participação da Escola de Música da Filvar em conjunto com outras Escolas de Música que decorreram na Cerâmica Arganilense, a procissão do Corpo de Deus. A 3 de Junho participámos no V Encontro de Bandas em Turquel, em Alcobaça. Participação na Semana Cultural dos 91 anos da Junta de Freguesia de Vila Nova Do Ceira, participação nas Marchas Populares, entre muitos outro serviços musicais”.
O dirigente da Filvar divulgou também que durante 2018 a Filvar ainda iria atuar no GoisOrosoArte, no Concerto Filvar in Concert, em Vila Nova de Poiares, no próximo dia 21 de julho, no Feriado Municipal, nas Festas de Verão, tendo ainda o Está­gio da Banda Juvenil, a caminhada anual, a Escola de Música a funcionar desde Setembro de 2018 até Junho de 2019 e ainda irá integrar o encontro de Bandas a 9 de Dezembro em São Pedro de Alva, terminando com o concerto de Natal e audição de Natal da Escola de Música.
João Bruno congratulou-se pelo trabalho que tem sido de­senvolvido pela escola de música, existente há quatro anos “já foram inscritos 54 alunos, depositamos grande confiança neste projeto pois tem sido fulcral para o desenvolvimento e cresci­mento da nossa filarmónica”, argumento o presidente, realçando que “toda esta evolução, desenvolvimento e aprendizagem se deve ao Maestro Nuno Alves, sem esquecer também a equipa de Professores.”
Agradeceu ainda a todos os pais que tem colaborado e de­safiou todos os outros pais para que motivem os seus filhos a ingressarem na Escola de Música da Filvar.
Por último deixou uma palavra de gratidão a todos os antigos Diretores que passaram pela Filarmónica e aos antigos músicos que frequentaram a Filarmónica durante muitos anos.
Em conversa com a imprensa, João Bruno Martins deixou ainda um agradecimento a Gonçalo Santos pela cedência do pavilhão para o almoço, a João Garcia pela oferta das camisolas que fo­ram entregues aos músicos e a João Silva pela preparação das folhas de sala e identificação das pessoas nas mesas do almoço, agradecendo ainda a todos os que ajudaram com a inserção de publicidade nos cartazes, aos que contribuíram com donativos, à D. Carina pela oferta de uma caixa de guardanapos e papel higiénico, à Guarda Nacional republicana pelo apoio durante a arruada, a Adriano Bandeira pelo material para a quermese e a todos os que de qualquer forma contribuíram ou têm contribuído para ajudar a manter viva a centenária Filarmónica Varzeense.
Por sua vez, Pedro Nogueira, em representação da AERGóis também felicitou a Filarmónica aniversariante pelo trabalho que tem demonstrado, enaltecendo o facto desta fazer cinquenta anos de ressurgimento. Deu os parabéns aos três executantes que fizeram também cinquenta anos de executantes da Filvar e enalteceu o intercâmbio de ajuda existente atualmente entre as duas filarmónicas do concelho.
Já o maestro Nuno Alves, satisfeito com o elevado número de presenças, iniciou com uma palavra de apreço à direção da Filvar, destacando o trabalho e empenho do seu presidente, João Bruno. Congratulou-se pelo crescimento da Filvar e deixou uma palavra aos cinco músicos que se estrearam, sendo que um deles foi um regresso à Filvar. Enalteceu a interajuda entre a Filvar e a banda de Góis e agradeceu a todos os que a titulo pessoal ou institucional apoiam a Filvar, reconhecendo que “se estivermos todos de mãos dadas a Filarmónica progride”.
A nobre missão de encerrar o momento de intervenções coube à presidente da Câmara Municipal de Góis que após felicitar a filarmónica aniversariante, deixou os parabéns ao presidente da Filvar que identificou como “homem de coragem que agarrou este projeto e soube dar continuidade com elevação e sempre com grande sentido de respeito pelo legado que outros deixa­ram”. A autarca saudou também a restante direção, bem como “o trabalho que está à vista” do maestro Nuno Alves. Felicitou os executantes, alunos da escola de música e familiares que os apoiam e deixou uma palavra de reconhecimento aos músicos homenageados por terem completado 50 anos na filarmónica e ao elementos estreantes.
À semelhança do que aconteceu com a Banda da AERG ao completar meio século de ressurgimento, Lurdes Castanheira garantiu que iria propor à votação a atribuição à Filvar do maior galardão do concelho (medalha de ouro).
Ainda a salientar que, durante as comemorações, o maestro Nuno Alves decidiu homenagear o presidente da direção da filar­mónica pelo seu empenho e bom trabalho realizado em prol da Filvar, momento que ficou registado pela entrega de um quadro. Também a filarmónica entregou a todos os executantes uma camisola alusiva a esta banda, oferta de João Garcia.
O Jornal O Varzeense, que também se associou à cerimónia, aproveita para felicitar a Filarmónica Varzeense pelo seu 116º aniversário e pelas Bodas de Ouro do seu ressurgimento
 
In Jornal “O Varzeense“ 15 de Julho de 2018

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

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