terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Amorim Garcia deixou de ser o Presidente da Direção

Amorim Garcia deixou de ser o presidente da FILVAR – Filarmónica Varzeense e foi reconhecido pela sua dedicação a esta Banda Filarmónica, ao longo de trinta anos.
No passado dia 12 de novembro, em Assembleia Geral da Filarmónica, Amorim Garcia, deixou de assumir a liderança desta Banda, continuando, no entanto, a fazer parte da atual lista dos novos corpos sociais, no lugar de suplente do Conselho Fiscal, facto que levou a nova direção a louvar a sua atitude e reconhecer o trabalho desenvolvido por este varzeense ao longo de três décadas.
Amorim Garcia foi reconhecido pela autarquia, no passado dia 7 de dezembro, durante uma Gala promovida pelo Município de Góis e que pretendeu reconhecer e homenagear as instituições, coletividades e individualidades ligadas ao mundo do voluntariado.
O nosso jornal foi conversar com o Sr. Amorim Neves Garcia, na tentativa de perceber quais as adversidades e bons momentos que este dirigente viveu ao longo dos 30 anos que assumiu a direção desta “casa”.
Amorim Garcia, um pouco saudosista, iniciou por recordar o tempo em que entrou para a direção da Banada Filarmónica, que, conforme referiu “foi pelas mãos de: José Matos Cruz, Dionísio Antunes Fernandes e Otávio Simões Ferreira, em fevereiro de 1982”. Ocupou o cargo de tesoureiro, durante três anos, e mais tarde veio a ocupar o lugar de presidente da direção, cargo que manteve até ao passado dia 12 de novembro.
O ex-presidente da FILVAR recordou os inúmeros bons momentos que foram construindo a história desta filarmónica ao longo das últimas três décadas e lembrou alguns que o marcaram mais, nomeadamente: a aquisição da casa-sede, a sua demolição e consecutiva reconstrução, a aquisição da carrinha, bem como, a compra de um avultado número de instrumentos musicais.
Amorim reconheceu que não foi um trabalho seu, mas sim um trabalho de equipa, aproveitando a deixar uma palavra para todos os que estiveram ao seu lado, destacando o maestro Nelo Paiva, pela sua perseverança e vontade de elevar o nome da filarmónica. Mas nem tudo foi “um mar de rosas” e Amorim Garcia deixou transparecer alguma angustia pela falta de reconhecimento que sentiu algumas vezes, lamentando ainda que chegou a ficar praticamente sozinho na direção, pois existiu até quem argumentasse, conforme confessou, que ele “só sabia mandar.”
No que concerne a apoios, Amorim aproveitou a agradecer o imprescindível auxílio que a Filarmónica sempre teve da Câmara Municipal de Góis, da Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira, da Cooperativa Social e Agroflorestal de Vila Nova do Ceira e ainda o apoio de inúmeros amigos da FILVAR, que contribuíram, ao longo dos tempos, tanto monetariamente, como através de mão de obra gratuita, conforme aconteceu durante a obra da casa sede. Reconheceu ainda o apoio cedido pela Comissão de Lisboa de Propaganda e Melhoramento em Vila Nova do Ceira e agradeceu o reconhecimento que a autarquia lhe concedeu durante a Gala do Voluntariado, ocorrida no passado dia 7 de dezembro.
Amorim Garcia, em conversa com o nosso jornal, deixou ainda um palavra de grande reconhecimento para a sua família, que sempre o apoiou e que, conforme frisou: “chegou a haver momentos em que todos trabalhavam para a Filarmónica, desde fazer rifas, programas, quermesses, organizar festas...” Amorim contava com a ajuda dos familiares para tudo.
Embora sem o compromisso de presidente, Amorim Garcia confessou que continua disponível para ajudar a nova direção e deixou uma frase para os seus sucessores: “que tudo vos corra bem como dirigentes da FILVAR, pelo menos durante mais trinta anos e que eu veja.”

In "O Varzeense nº 571 de 15.12.2011"

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